Manual do ICCI aposta na cultura como ferramenta pela democracia

Publicação reúne reflexões sobre comunicação, narrativas e justiça social no Brasil
Imagem Canva

O Instituto Cultura, Comunicação e Incidência (ICCI) lançou a publicação “Cultura e democracia no Brasil: Manual (não tão prático) de estratégias de comunicação para o agora”, voltada a comunicadores, artistas, ativistas e profissionais que atuam na defesa da democracia, da justiça social e dos direitos humanos. O material propõe reflexões e caminhos possíveis para a construção de estratégias de comunicação em um cenário marcado por desinformação, desigualdades e disputas intensas de narrativas.

O manual parte do entendimento de que a cultura molda a imaginação coletiva, influencia os debates públicos e impacta milhões de pessoas, ainda que nem sempre de forma organizada ou intencional. A partir dessa perspectiva, reúne experiências e análises de integrantes do ICCI, profissionais da comunicação e agentes do mercado criativo, reconhecendo a cultura pop como um território central na disputa simbólica e política da sociedade.

A publicação nasce com o objetivo de ser um recurso acessível, mais voltado a provocar reflexões do que a oferecer fórmulas prontas. A proposta é ajudar leitores a compreender o cenário atual e a desenhar estratégias de comunicação capazes de mobilizar consciências e impulsionar ações por causas como justiça climática, racial, de gênero e democracia.

Na introdução, o manual contextualiza o momento histórico. “Num contexto de avanço autoritário, saturação de desinformação, desigualdades exacerbadas e ataques à liberdade de expressão, o impulso mais imediato pode ser o silêncio, a paralisia e o medo. Mas é justamente nesses momentos que a palavra, a arte, a cultura e as narrativas ganham ainda mais valor”, destaca o texto.

O conteúdo é apresentado em capítulos e colagens originais, que transitam por diferentes linguagens e campos de atuação. A obra aborda desde o baile funk como linguagem política até práticas de filantropia engajada com narrativas, passando pela moda como expressão simbólica das ruas, pela importância de histórias capazes de maravilhar, pela cobrança por reparação histórica e políticas afirmativas no audiovisual, além dos desafios da produção de conteúdo em tempos de algoritmos, ruído informacional e mudanças geracionais.

Para acessar o manual, acesse aqui.

(Redação ONG News)

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