Representantes da sociedade civil farão escuta-ativa na COP 30

Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas será realizada pela primeira vez na Amazônia e promete dar voz à sociedade civil

A COP 30 terá representantes da sociedade civil atuando como uma espécie de “escuta ativa” nas negociações da Conferência, com o objetivo de trazer propostas, demandas e visões dos territórios e setores que representam. A função é técnica, pessoal e voluntária, sem remuneração.

O mais recente nome anunciado é do agrônomo André Guimarães, diretor executivo do IPAM (Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia), que acaba de ser anunciado como um dos Enviados Especiais do encontro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, em novembro, em Belém (PA). O convite partiu do presidente da conferência, o embaixador André Corrêa do Lago.

Ao todo, foram nomeadas 30 pessoas para esse papel: oito representantes internacionais, escolhidos por regiões do mundo, e 22 nomes nacionais ligados a diferentes setores da sociedade brasileira. A iniciativa visa criar uma ponte direta entre diferentes segmentos como ONGs, universidades, movimentos sociais, setor privado e ciência e a presidência da COP30.

“Me sinto honrado com o convite. É um reconhecimento ao trabalho do IPAM, que tem contribuído ao longo de décadas com a agenda climática, com trabalhos de excelência no Brasil”, afirmou André Guimarães. “Esse papel é importante para que a sociedade civil tenha mais voz nos processos decisórios da COP30. É colocar em prática a palavra mutirão. A sociedade civil com ONGs, cientistas, universidades, sempre foi ativa na agenda do clima. Será uma posição de escuta, de diálogo, de busca de entendimento para encarar de forma célere, cooperativa e rápida os desafios das mudanças climáticas”.

A ideia do mutirão global é uma das principais apostas da presidência da COP30: reunir governos, empresas, sociedade civil, academia, setor financeiro e demais atores em torno de ações mais ambiciosas e efetivas no enfrentamento da crise climática. A expectativa é transformar a COP de Belém em um ponto de virada.

Além de André Guimarães, outras lideranças já foram anunciadas em funções estratégicas da conferência: Ana Toni, como diretora executiva da COP30; Dan Ioschpe, como Campeão de Alto Nível; e Marcele Oliveira, como Jovem Campeã Climática.

Confira a lista de Enviados Especiais: 

INTERNACIONAIS 

Adnan Amim: Oriente Médio

Arunabha Ghosh: Sul da Ásia

Carlos Lopes: África

Jacinda Ardern: Oceania

Jonathan Pershing: América do Norte

Laurence Tubiana: Europa

Patrícia Espinosa: América Latina

Xie Zhenhua: Ásia Oriental

NACIONAIS 

André Guimarães: Sociedade Civil

Beto Veríssimo: Florestas

Clemente Ganz: Sindicatos

Denis Minev: Setor Privado Amazônico

Denise Dora: Direitos Humanos e Transição Justa

Elbia Gannoum: Energia

Ethel Maciel: Saúde

Frederico Assis: Integridade da Informação

Janja Lula da Silva: Mulheres

Joaquim Belo: Sociedade Civil Amazônica

Jurema Werneck: Igualdade Racial e Periferias

Maguy Etlin: Cultura e Indústria Criativa

Marcelo Behar: Bioeconomia

Marcelo Britto: Governos Subnacionais Amazônicos

Marinez Scherer: Oceanos

Maya Gabeira: Esportes

Paulo Petersen: Agricultura Familiar

Marina Grossi: Setor Empresarial

Philip Yang: Soluções Urbanas

Roberto Rodrigues: Agricultura

Sérgio Xavier: Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas

Sinéia do Vale: Povos Indígenas

(Redação ONG News com informações da Assessoria de Imprensa)

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